Além de sobrevoar as áreas afetadas, chefe do Executivo visitou famílias atingidas pelo rompimento da barragem e participou de reunião com o advogado-geral da União
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, esteve mais uma vez em Brumadinho neste sábado (2/2) e, acompanhado do advogado-geral da União, André Mendonça, defendeu a “punição exemplar” dos responsáveis pelo rompimento da barragem na cidade, ocorrido no último dia 25/1.
Segundo o governador, todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas no sentido de ressarcir o mais rápido possível todas as famílias atingidas.
“Temos posição, que o advogado-geral da União confirma, que é a punição exemplar dos envolvidos. Uma tragédia como essa é algo realmente inadmissível, então todas as medidas necessárias e cabíveis estarão sendo tomadas, principalmente, no sentido de que aqueles afetados sejam ressarcidos o mais rapidamente possível, que tenham condições de voltar a viver suas vidas”, afirmou. “Uma Justiça que é feita como no caso de Mariana, onde os processos já estão anos atrasados, onde pessoas depois de anos não tiveram solução, deixa de ser Justiça. Nosso grande foco é em relação à agilidade que o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Advocacia Geral do Estado e Advocacia Geral da União devem dar”, completou Romeu Zema.
O governador fez questão de ressaltar que os trabalhos em Brumadinho estão correndo em total sintonia com o governo federal, “permitindo que a operação funcione com prontidão”. Segundo ele, todas as ajudas que chegaram de outros Estados são bem-vindas e estão sendo adequadas às necessidades do momento.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, cerca de 230 integrantes da corporação estão empregados nas buscas, além de 112 militares de outros Estados e 86 voluntários coordenados pelos bombeiros. A partir deste domingo (3/2), 64 integrantes da Força Nacional também começarão a atuar no local.
Além da reunião com integrantes da AGU, Ministério Público de Minas Gerais e forças de segurança do Estado, o governador também sobrevoou as áreas atingidas pelo rompimento das barragens e esteve com moradores do bairro Parque das Cachoeiras, uma das localidades com o maior número de pessoas afetadas.
“Somente tivemos tempo de correr. O barulho foi muito alto. Estava com uma criança de três anos e deixamos tudo para trás. Perdemos casa, carro e tudo o que tínhamos”, contou Adélia, que agora está em uma residência provisória junto a outros familiares.
O advogado-geral da União, André Mendonça, ressaltou o apoio dado pelo governo federal ao Estado de Minas Gerais e cobrou posições mais concretas da Vale, empresa responsável pela operação da barragem.